segunda-feira, 24 de setembro de 2012

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS MERCÊS

Virgem Maria, Mãe das Mercês,com humildade acorremos a Vós,
certos de que não nos abandonais por causa de nossas limitações e faltas.
Animados pelo vosso amor de Mãe,oferecemo-vos nosso corpo para que o purifiqueis,
nossa alma para que a santifiqueis,o que somos e o que temos, consagrando tudo a Vós.
Amparai, protegei, bendizei e guardai sob a vossa maternal bondade a todos
e a cada um dos membros desta família que se consagra totalmente a Vós.
Ó Maria, Mãe e Senhora nossa das Mercês,apresentai-nos ao vosso Filho Jesus,
para que, por vosso intermédio alcancemos, na terra, a sua Graça e depois a vida eterna.
Amém!

NOSSA SENHORA DAS MERCÊS


A invocação ou nome de Nossa Senhora das Mercês é uma a mais entre as muitas que são dadas à única Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo e, por isso, mãe espiritual de cada cristão e de toda Igreja.

Esta invocação das Mercês data aproximadamente de 1218, quando os maoemetanos dominavam parte da península Ibérica e faziam incursões às terras, praianas da França e Itália e nos mares assaltavam as embarcações para, de toda forma que podiam, roubar, matar e levar para o cativeiro da África, os homens, mulheres e crianças que encontravam.

Os cristãos capturados eram submetidos a trabalhos forçados e à dura escravidão (daí as correntes nas mãos dos anjinhos aos pés de Nossa Senhora das Mercês), da qual podiam livrar-se, renunciando a fé Católica e abraçando as doutrinas e costumes muçulmanos. Diante de tamanho sofrimento, muitos terminavam fazendo a vil troca de Cristo e sua Igreja por Maomé e seus costumes.

Nossa Senhora, compadecida dos seus filhos e filhas, aparece a três jovens: Pedro, Raimundo e Jaime e os convida para que fundem uma Ordem encarregada de socorrer os pobres cristãos e mantê-los na fé e nos costumes. Os três jovens levaram a notícia ao Bispo focal, este ao Papa, e receberam autorização da Igreja para fundarem a "Ordem de Nossa Senhora das Mercês".

No dia 10 de Agosto de agosto de 1218, o Bispo de Barcelona (Espanha), D.Berenguer de Palou, na própria catedral, na presença do rei Jaime I de Aragão e muita gente, Pedro Nolasco e Companheiros faziam a Deus solene entrega de suas vidas para dedicarem-se à Redenção e ajuda dos cristãos na escravidão dos maometanos. A Ordem nasceu, cresceu e espalhou-se em seguida pelo mundo inteiro, tendo como carisma o resgate dos cativos. Desse fato surgiu a devoção a Nossa Senhora das Mercês, cuja festa litúrgica se celebra aos 24 de setembro.

Hoje são outras as escravidões: consumismo, comodismo, secularismo, individualismo, depressão, angustia, medos, desemprego, violência, vícios, fome, divisão, desagregação familiar... Que Nossa Senhora das Mercês, ela que nos deu a grande mercê, seu filho Jesus Cristo, interceda por nós e nos ajude a vencer as escravidões do mundo atual.

A Imagem de Nossa Senhora das Mercês foi esculpida no porões da Igreja lmaculada, dos Freis Capuchinhos de São Paulo e aos 29/09/1929 foi coroada na Igreja das Mercês.

A festa de Nossa Senhora das Mercês é celebrada no dia 24 de Setembro.


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Na época da invasão da Espanha pelos mouros, houve uma grande perseguição aos cristãos e muitos eram aprisionados e escravizados.  Conta a história, que uma noite Nossa Senhora apareceu em sonhos a três pessoas diferentes e convidou-os a fundar uma ordem que se ocupasse de proteger os cristãos escravos.
Essas três pessoas eram um militar de nome Pedro, um dos mais importantes teólogos da época chamado Raimundo e o próprio rei de Aragão, D. Jaime I.  Pedro e Raimundo, em uma conversa casual, descobriram ter tido o mesmo sonho. Dispostos, então, a atender ao pedido da Senhora, foram falar com o rei e descobriram que ele também tinha sido um dos depositários do pedido.  Começaram, então, a trabalhar para atender ao pedido que lhes havia sido feito.  Um convento foi construído sob os auspícios do rei.  Pedro, que mais tarde foi canonizado e recebeu o nome de S. Pedro Nolasco, foi o mestre geral da Ordem e Raimundo – que também tornou-se santo, ficando conhecido por São Raimundo de Peñaforte.  Desse modo foi criada a Ordem de Nossa Senhora das Mercês para o Resgate dos Cativos, que recebeu a aprovação do papa e espalhou-se por toda a Europa e, mais tarde, pelas Américas.  O devoção a Nossa Senhora das Mercês chegou ao Brasil em 1639.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

MEDITAÇÃO DAS SETE DORES DE MARIA

                                                              Maria:
Meditai muitas vezes nas minhas sete dores para consolar meu Coração e crescereis muito na virtude.
Ó almas que sofreis, vinde para perto de meu Coração e aprendei comigo. É junto de meu Coração transpassado de dor que achareis consolação! Mães aflitas, esposas amarguradas, jovens desorientados, meditando nos meus sofrimentos tereis força para atravessardes todas as dificuldades.
Que minhas dores vos comovam o coração, impulsionando-vos para a prática do bem.
1ª. Dor - Apresentação de meu Filho no templo
Nesta primeira dor veremos como meu coração foi transpassado por uma espada, quando Simeão profetizou que meu Filho seria a salvação de muitos, mas também serviria para ruína de outros. A virtude que aprendereis nesta dor é a da santa obediência. Sede obedientes aos vossos superiores, porque são eles instrumentos de Deus.
Quando soube que uma espada Me atravessaria a alma, desde aquele instante experimentei sempre uma grande dor. Olhei para o Céu e disse: 'Em vós confio'. Quem confia em Deus jamais será confundido. Nas vossas penas, nas vossas angústias, confiai em Deus e jamais vos arrependereis dessa confiança.
Quando a obediência vos trouxer qualquer sacrifício, confiando em Deus, a Ele entregai vossas dores e apreensões, sofrendo de bom grado por amor. Obedeçam não por motivos humanos, mas pelo amor Daquele que por vosso amor se fez obediente até a morte de Cruz.
2ª. Dor - A fuga para o Egito
Amados filhos, quando fugimos para o Egito, foi grande dor saber que desejavam matar meu querido filho, aquele que trazia a salvação! Não me afligi pelas dificuldades em terras longínquas; mas por ver meu filho inocente, perseguido por ser o Redentor.
Almas queridas, quanto sofri neste exílio! Porém tudo suportei com amor e santa alegria por Deus me fazer cooperadora da salvação das almas. Se fui obrigada a este exílio, foi para guardar meu filho, sofrendo provações por aquele que um dia ia ser a chave da mansão da paz. Um dia estas penas serão convertidas em sorrisos e em força para as almas, porque Ele abrirá as portas do Céu!
Amados meus, nas maiores provações pode haver alegria quando se sofre para agradar a Deus e por seu amor. Em terras estranhas, Eu Me rejubilava por poder sofrer com Jesus, meu adorável filho!
Na santa amizade de Jesus e sofrendo tudo por seu amor, não se chama sofrer senão santificar-se! No meio da dor sofrem os infelizes, que vivem longe de Deus, os que estão na sua inimizade. Pobres infelizes, entregam-se ao desespero, porque não têm o conforto da amizade divina, que dá à alma tanta paz e tanta confiança.
Almas que aceitais vossos sofrimentos por amor a Deus, exultai de alegria porque grande é vosso merecimento, se assemelhando a Jesus Crucificado, que tanto sofreu por amor a vossas almas!
Alegrai-vos todos os que, como Eu, sois chamados para longe da vossa pátria defender o vosso Jesus. Grande será a vossa recompensa, pelo vosso SIM à vontade de Deus.
Almas queridas, avante! Aprendei Comigo, a não medir sacrifícios, quando se trata da glória e dos interesses de Jesus, que também não mediu sacrifícios para vos abrir as portas da mansão da Paz.
3ª. Dor - Perda do Menino Jesus
Amados filhos, procurai compreender esta minha imensa dor, quando perdi meu adorável Filho por três dias.
Sabia que meu Filho era o Messias prometido, que contas daria então a Deus do tesouro que me tinha sido entregue? Tanta dor e tanta agonia, e sem esperança de encontrá-lo!
Quando O achei no templo, no meio dos doutores, e lhe disse que me havia deixado três dias em aflição, eis o que Me respondeu: 'Eu vim ao mundo para cuidar dos interesses de meu Pai, que está no Céu'.
A esta resposta do meigo Jesus, emudeci e compreendi que sendo o Redentor do gênero humano assim devia proceder, fazendo sua Mãe, desde aquele instante, tomar parte na sua missão redentora, sofrendo pela Redenção do gênero humano!
Almas que sofreis, aprendei nesta minha dor a submeter-vos à vontade de Deus, que muitas vezes vos fere para proveito de um de vossos entes queridos.
Jesus me deixou por três dias em tanta angústia para proveito vosso. Aprendei Comigo a sofrer e a preferir a vontade de Deus à vossa. Mães que chorais, ao verdes os vossos filhos generosos ouvirem o chamamento divino, aprendei Comigo a sacrificar o vosso amor natural. Se vossos filhos forem chamados para trabalhar na vinha do Senhor, não abafeis tão nobre aspiração, como é a vocação religiosa. Mães e pais dedicados, ainda que vosso coração sangre de dor, deixai-os partir, deixai-os corresponder aos desígnios de Deus, que usa com eles de tanta predileção. Pais que sofreis, ofertai a Deus a dor da separação, para que vossos filhos, que foram chamados, possam ser na realidade bons filhos Daquele que os chamou. Lembrai-vos que vossos filhos a Deus pertencem e não a vós. Deveis criá-los para servir e amar a Deus neste mundo, e um dia no Céu O louvarem por toda a eternidade.
Pobres aqueles que querem prender seus filhos, abafando-lhes a vocação! Os pais que assim procedem podem levar seus filhos à perdição eterna e ainda terão que dar contas a Deus no último dia. Porém, protegendo suas vocações, encaminhando-os para tão nobre fim, que bela recompensa receberão estes pais afortunados! Ainda que aqui chorem de saudades e a separação lhes custe muitas lágrimas, eles serão abençoados! E vós, filhos prediletos que sois chamados por Deus, procedei como Jesus procedeu comigo: primeiramente obedecei à vontade de Deus, que vos chamou para habitar na sua casa, quando diz: 'Quem ama seu pai e sua mãe mais do que a mim não é digno de Mim'. Vigiai se, por causa de um amor natural, deixais de corresponder ao chamado divino!
Almas eleitas que fostes chamadas e sacrificastes as afeições mais caras e a vossa própria vontade para servir a Deus! Grande é vossa recompensa. Avante! sede generosas em tudo e louvai a Deus por terdes sido escolhidas para tão nobre fim.
Vós que chorais, pais, irmãos, regozijai-vos porque vossas lágrimas um dia converter-se-ão em pérolas, como as minhas se converteram em favor da humanidade.

4ª. Dor - Doloroso encontro no caminho do Calvário
Amados filhos, contemplai e vede se há dor semelhante a esta minha, quando me encontrei com meu divino Filho no caminho do Calvário, carregando uma pesada cruz e insultado como se fosse um criminoso.
'É preciso que o Filho de Deus seja esmagado para abrir as portas da mansão da paz!' Lembrei-Me de suas palavras e aceitei a vontade do Altíssimo, que sempre foi a minha força em horas tão cruéis como esta.
Ao encontrá-lo, seus olhos me fitaram e me fizeram compreender a dor de sua alma. Não pôde Me dizer palavra, porém me fizeram compreender que era necessário que unisse a minha à Sua grande dor. Amados meus, a união de nossa grande dor neste encontro tem sido a força de tantos mártires e de tantas mães aflitas!
Almas que temeis o sacrifício, aprendei aqui neste encontro a submeter-vos à vontade de Deus, como Eu e meu Filho nos submetemos! Aprendei a calar-vos nos vossos sofrimentos.
No nosso silêncio, nesta dor imensa armazenamos para vós riquezas imensuráveis! As vossas almas hão de sentir a eficácia desta riqueza na hora em que, abatidos pela dor, recorrerdes a Mim, fazendo a meditação deste encontro dolorosíssimo. O valor do nosso silêncio se converte em força para as almas aflitas, quando nas horas difíceis souberem recorrer à meditação desta dor!
Amados filhos, como é precioso o silêncio nas horas de sofrimentos! Há almas que não sabem sofrer uma dor física, uma tortura de alma em silêncio; desejam logo contá-la para que todos o lastimem! Meu Filho e Eu tudo suportamos em silêncio por amor a Deus!
Almas queridas, a dor humilha e é na santa humildade que Deus edifica! Sem a humildade, trabalhareis em vão; vede pois como a dor é necessária para a vossa santificação.
Aprendei a sofrer em silêncio, como Eu e Jesus sofremos neste doloroso encontro no caminho do Calvário.
5ª. Dor - Aos pés da Cruz
Amados filhos, na meditação desta minha dor encontrareis consolo e força para vossas almas contra mil tentações e dificuldades e aprendereis a ser fortes em todos os combates de vossa vida.
Vede-me aos pés da Cruz, assistindo à morte de Jesus, com a alma e meu coração transpassados com as mais cruéis dores!
Não vos escandalizeis com o que fizeram os judeus! Eles diziam: 'Se Ele é Deus, por que não desce da cruz e se livra a si próprio?!' Pobres judeus, ignorantes uns, de má fé outros, não quiseram crer que Ele era o Messias. Não podiam compreender que um Deus se humilhasse tanto e que a sua divina doutrina pregava a humildade. Jesus precisava dar o exemplo, para que seus filhos tivessem a força de praticar uma virtude, que tanto custa aos filhos deste mundo, que têm nas veias a herança do orgulho. Infelizes os que, à imitação dos que crucificaram a Jesus, ainda hoje não sabem se humilhar!
Depois de três horas de tormentosa agonia, meu adorável Filho morre, deixando-me a alma na mais negra escuridão! Sem duvidar um só instante, aceitei a vontade de Deus, e no meu doloroso silêncio, entreguei ao Pai minha imensa dor, pedindo, como Jesus, perdão para os criminosos.
Entretanto, quem me confortou nesta hora angustiosa? Fazer a vontade de Deus foi o meu conforto; saber que o Céu foi aberto para todos os filhos foi meu consolo! Porque Eu também no Calvário fui provada com o abandono de toda consolação!
Amados filhos, sofrer em união com os sofrimentos de Jesus encontra consolo; sofrer por ter feito o bem neste mundo, recebendo desprezos e humilhações encontra força.
Que glória para vossas almas, se um dia por amar a Deus com todo o vosso coração, fordes também perseguidos!
Aprendei a meditar muitas vezes nesta minha dor, que ela vos dará força para serdes humildes: virtude amada de Deus e dos homens de boa vontade.
6ª. Dor - Uma lança atravessa o Coração de Jesus
Amados filhos, com a alma imersa na mais profunda dor, vi Longuinho transpassar o coração de meu Filho, sem poder dizer palavra! Derramei muitas lágrimas... Só Deus pode compreender o martírio desta hora, na alma e no coração!
Depois depositaram Jesus nos meus braços, não cândido e belo como em Belém... Morto e chagado, parecendo mais um leproso do que aquele adorável e encantador menino, que tantas vezes apertei ao meu coração!
Amados filhos, se Eu tanto sofri, não serei capaz de compreender vossos sofrimentos? Por que, então, não recorreis a Mim com mais confiança, esquecidos que tenho tanto valor diante do Altíssimo?
Porque muito sofri aos pés da cruz, muito me foi dado! Se não tivesse sofrido tanto, não teria recebido os tesouros do Paraíso em minhas mãos.
A dor de ver transpassar o Coração de Jesus com a lança, conferiu-me o poder de introduzir, neste amável Coração, a todos aqueles que a Mim recorrerem. Vinde a Mim, porque Eu posso vos colocar dentro do Coração Santíssimo de Jesus Crucificado, morada de amor e de eterna felicidade!
O sofrimento é sempre um bem para a alma. Ó almas que sofreis, regozijai-vos Comigo que fui a segunda mártir do Calvário! A minha alma e meu coração participaram dos suplícios do Salvador, conforme a vontade do Altíssimo, para reparar o pecado da primeira mulher! Jesus foi o novo Adão e Eu a nova Eva, livrando assim a humanidade do cativeiro no qual se achava presa.
Para corresponderdes porém a tanto amor, sede muito confiantes em Mim, não vos afligindo nas contrariedades da vida; ao contrário, confiai-Me todos os vossos receios e dores, porque Eu sei dar em abundância os tesouros do Coração de Jesus!
Não vos esqueçais, Filhos meus, de meditar nesta minha imensa dor, quando estiver pesada a vossa Cruz. Achareis força para sofrer por amor a Jesus que sofreu na Cruz a mais infame das mortes.
7ª. Dor - Jesus é sepultado
Amados filhos, quanta dor, quando tive que ver sepultado meu Filho. A quanta humilhação meu Filho se sujeitou, deixando-se sepultar sendo Ele o mesmo Deus! Por humildade, Jesus submeteu-se à própria sepultura, para depois, glorioso, ressuscitar dentre os mortos!
Bem sabia Jesus o quanto Eu ia sofrer vendo-o sepultado; não me poupando quis que Eu também fosse participante na sua infinita humilhação!
Almas que temeis ser humilhadas, vede como Deus amou a humilhação! Tanto que deixou-se sepultar nos santos Sacrários, a esconder sua majestade e esplendor, até o fim do mundo! Na verdade, o que se vê no Sacrário? Apenas uma Hóstia Branca e nada mais! Ele esconde sua magnificência debaixo da massa branca das espécies de pão! Em verdade vos digo, não O admirais tanto quanto Ele merece, por Jesus assim Se humilhar até o fim dos séculos!
A humildade não rebaixa o homem, pois Deus Se humilhou até à sepultura e não deixou de ser Deus.
Amados filhos, se quereis corresponder ao amor de Jesus, mostrai-lhe que O amais, aceitando as humilhações. A aceitação da humilhação vos purifica de toda e qualquer imperfeição e, desprendendo-vos deste mundo, vos faz desejar o Paraíso.
Queridos filhos, apresentei-vos estas minhas sete Dores, não para queixar-me, mas somente para mostrar-vos as virtudes que deveis praticar, para um dia estar ao meu lado e ao lado de Jesus! Recebereis a glória imortal, que é a recompensa das almas que, neste mundo, souberam morrer para si, vivendo só para Deus!
Vossa Mãe vos abençoa e vos convida a meditar muitas vezes nestas palavras ditadas porque muito vos amo.
Do livro Nossa Senhora das Lágrimas

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS DORES

Oração à Nossa Senhora das Dores - (15 de setembro)
Ó Mãe das Dores. Rainha dos mártires, que tanto chorastes vosso Filho, morto para me salvar, alcançai-me uma verdadeira contrição dos meus pecados e uma sincera mudança de vida.
Mãe pela dor que experimentastes quando vosso divino Filho, no meio de tantos tormentos, inclinando a cabeça expirou à vossa vista sobre a cruz, eu vos suplico que me alcanceis uma boa morte. Por piedade, ó advogada dos pecadores, não deixeis de amparar a minha alma na aflição e no combate da terrível passagem desta vida a eternidade.
E, como é possível que, neste momento, a palavra e a voz me faltem para pronunciar o vosso nome e o de Jesus, rogo-vos, desde já, a vós e a vosso divino Filho, que me socorrais nessa hora extrema e assim direi: Jesus e Maria, entrego-Vos a minha alma.
Amém.

NOSSA SENHORA DAS DORES

Beata Maria Virgo Perdolens ou Mater Dolorosa,
a Nossa Senhora das Dores é venerada sob diversos nomes como: Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Soledade, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do Calvário ou ainda Nossa Senhora do Pranto.
Em 1233, sete mercadores da classe média emergente de Florença, Itália, devotos de Nossa Senhora, pertenciam a uma confraria chamada Associação-mor de Santa Maria. Estes mesmos homens fundaram a Ordem dos Servos de Maria e por iniciativa deles, em 1239 foi promulgado e incluído na Liturgia, pelo papa Bento XIII, o dia 15 de setembro como dia de Nossa Senhora das Dores.
 A veneração de Maria como Senhora das Dores se deve às dores que ela sofreu durante sua vida terrena, e é representada com sete espadas transpassando seu coração, para lembrar não somente suas dores, mas também as infinitas dores da humanidade.
 A devoção a Nossa Senhora das Dores possui fundamentação bíblica, pois é na Palavra de Deus que encontramos as sete dores de Maria: o velho Simeão que profetiza a lança que transpassaria (de dor) o seu coração; a fuga para o Egito; a perda do menino Jesus no templo; a paixão de Jesus; a crucifixão e morte e o sepultamento de Jesus Cristo. Maria, imagem da Igreja, está nos apontando para uma Vida Nova, que não significa ausência de sofrimentos, mas, sim, de entrega de Si para uma civilização de Amor.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

SANTO NOME DE MARIA


O Nome  de Maria é nome de salvação para os regenerados, sinal de todas as virtudes, honra da castidade; é o sacrifício agradável a
Deus; é a virtude da hospitalidade;
é a escola de santidade;é, enfim, um nome completamente maternal 

O nome de Maria é como um bálsamo que corre agradavelmente sobre os membros dos enfermos e os penetra com eficácia. Ele é semelhante a este óleo que, por suas unções, reanima e suaviza, dá força, flexibilidade e saúde. Mais do que o nome de todos os Santos. O de Maria nos repousa de nossas fadigas, cura todos os nossos males, ilumina nossa cegueira, comove nosso endurecimento e nos encoraja em nossos desânimos. Maria é a vida e a respiração de seus servidores, a saúde dos enfermos, o remédio dos pecadores. Ricardo de São Vítor, interpretando estas palavras do Eclesiastes (VII, 2): "É melhor o bom nome do que os bálsamos preciosos", as aplica assim à Bem-aventurada Virgem: "O nome de Maria cura os males do pecador com maior eficácia do que a dos unguentos mais procurados; não há doença, por desastrosa que seja, que não ceda imediatamente à voz desse bendito nome".
Nossa Senhora do Bom Conselho - Genazzano - Itália.jpg
 O nome de Maria abre o coração de Deus e põe todos os
seus tesouros à disposição da  alma que o invoca.
Nosso Divino Salvador, se não me engano, no-lo quis recomendar quando, ressuscitando dos mortos, o primeiro nome que aflorou em seus lábios foi o de Maria.
Com efeito, dirigindo-se à Madalena, a primeira a quem Ele aparecia após sua Ressurreição, disse-lha (Jo XX, 16): "Maria", para nos significar que o nome de Maria encerra a vida em si mesmo, e se harmoniza tão bem com a vida imortal, que merece ser o primeiro a sair da boca do Salvador, já em possessão da imortalidade. Esta reflexão é de Cesário, em sua bomilia sobre a Visitação.

Nome que desarma e abre o coração de Deus, em favor dos homens
E acrescentamos com o Pe. J. Guibert, que assim se expressa na sua Meditação para a festa do Santo Nome de Maria: "O nome de Maria desarma o coração de Deus. Não há pecador, por mais criminoso, que pronuncie em vão esse nome. Embora merecesse, por suas faltas, todas as cóleras do céu, ele se vê protegido como por inviolável pára-raios, logo que articule o nome de Maria.
A este nome, o perdão desce infalivelmente sobre as almas pecadoras, não porque tenha Ela o direito de concedê-lo, mas porque é onipotente para implorá-lo - Omnipotentia suppex. O nome de Maria abre o coração de Deus e põe todos os seus tesouros à disposição da alma que o invoca.
A História nos ensina que uma multidão de Santo caridosos fizeram voto de jamais recusar a esmola que lhes fosse pedida em tal ou tal nome. Assim que ouviam o nome amada, eles davam, davam sempre, até o último óbulo e até suas próprias vestimentas. O nome de Maria tem esse poder mágico sobre o coração de Deus. Deus Filho, Jesus Cristo, entrega tudo o que tem àqueles que Lhes estendem a mão em nome de sua Mãe; Deus Padre, fonte de toda riqueza, concede toda graça àqueles que mendigam diante dEle invocando o nome de sua Filha Bem-amada. (...)

Nome de salvação e de alegria
O nome de Maria é um nome salvador, sobretudo nos perigos de ordem moral. Quantas tentações por ele foram vencidas, quantos pecados evitados, quantos imundos corações purificados, quantas penosas confissões extraídas de almas que se cria para sempre fechadas!
É também um nome de consolação e de alegria. Ele dissipa a tristeza na alma que o pronuncia. Tendes medo de Deus e de seus julgamentos? Pensai em Maria e invocai seu nome: vossa confiança em Deus renascerá. Tendes medo dos homens, diante dos quais vos cobristes de vergonha e perdestes a reputação? Pensai em Maria e invocai seu nome: e não tereis mais receio de levantar os olhos diante de vossos semelhantes. Esmaga-vos o peso da humilhação ou da dor física? Pensai em Maria, invocai seu nome, e sereis aliviado. Tendes a horrível morte que rompe e põe fim a tudo? Pensai em Maria, invocai seu nome, e tereis coragem de aceitar esse supremo sacrifício.

Nossa Senhora da Conceicao da Praia - Bahia - Brasil.jpg
 "Este nome tem mais virtude do que todos os nomes dos Santos
para confortar os débeis, curar os enfermos, iluminar os
cegos, abrandar os corações endurecidos, fortificar
os que  combatem, dar ânimo aos cansados e
derrubar o poderio dos demônios"
Nome de força
O nome de Maria, enfim, é um nome de força. Quaisquer que sejam os inimigos que vos ameaçam, venham eles do Inferno, como o demônio que vos tenta; ou venham do mundo, como os adversários que vos perseguem, invocai o poderoso nome de Maria e a todos vencereis.
Quaisquer que sejam vossas próprias fraquezas, provenham elas do orgulho, da inveja, da sensualidade ou da preguiça, confiai vosso débil coração à solicitude da Virgem, invocai o poderoso nome de Maria, e vos vencereis a vós mesmos.

Precioso tesouro da Santíssima Trindade
Recolhendo opiniões dos santos Doutores sobre o nome de Maria, traça São João Eudes esta admirável síntese:
"O nome de Maria, diz Santo Antônio de Pádua, é júbilo para o coração, mel na boca e doce melodia no ouvido."
"Bem-aventurado o que ama vosso nome, ó Maria (é São Boaventura quem fala), porque este santo nome é uma fonte de graça que refresca a alma sedenta e a faz produzir frutos de justiça."
"Ó Mãe de Deus, diz o mesmo Santo, que glorioso e admirável é vosso nome. O que o leva em seu coração se verá livre do medo da morte. Basta pronunciá-lo para fazer tremer a todo inferno e por em fuga a todos os demônios. O que deseja possuir a paz e a alegria do coração, que honre vosso santo nome."
"O nome de Maria, diz São Pedro Crisólogo, é nome de salvação para os regenerados, sinal de todas as virtudes, honra da castidade; é o sacrifício agradável a Deus; é a virtude da hospitalidade; é a escola de santidade; é, enfim, um nome completamente maternal."
"Ó amabílissima Maria, exclama também São Bernardo, vosso santo nome não pode passar pela boca sem abrasar o coração! Os que Vos amam não podem pensar em Vós, sem um consolo e um gozo muito particulares. Nunca entrais sem doçura na memória dos que Vos honram."
"Ó Maria, diz o Santo Abade Raimundo Jordão, o chamado Idiota, a Santíssima Trindade Vos deu um nome que, depois do de vosso Filho, está acima de todos os nomes; nome a cuja pronunciação devem dobrar o joelho todas as criaturas do Céu, da terra e do Inferno, e toda língua confessar e honrar a graça, a glória e a virtude do santo nome de Maria. Porque, depois do nome de vosso Filho, não há quem seja tão poderoso para nos assistir em nossas necessidades, nem de quem devamos esperar mais os socorros que necessitamos para nossa eterna salvação."
"Este nome tem mais virtude do que todos os nomes dos Santos para confortar os débeis, curar os enfermos, iluminar os cegos, abrandar os corações endurecidos, fortificar os que combatem, dar ânimo aos cansados e derrubar o poderio dos demônios" (...).
"Ouçamos a São Germano de Constantinopla: "Como a respiração, diz, não só é o sinal como também a causa da vida, assim quando vedes cristãos que tem com frequência o santo nome de Maria na boca, é sinal de que estão vivos com a verdadeira vida. O afeto particular que se tem a este sagrado nome, dá vida aos mortos, a conserva nos vivos, e os enche de gozo e de benção."
Nossa Senhora dos Remédios - Paroquia dos Santos Mártires - Málaga - Espanha.jpg
 O nome de Maria é um nome salvador, sobretudo  nos perigos
de ordem moral. Quantas tentações por ele  foram vencidas,
quantos pecados evitados,  quantos imundos corações  
purificados, quantas penosas confissões
extraídas  de almas que se cria
para sempre fechadas!
Numa palavra, quem diz Maria, diz o mais precioso tesouro da Santíssima Trindade, como afirma Orígenes. Quem diz Maria, diz o mais admirável ornamento da casa de Deus. Quem diz Maria, diz a glória, o amor e as delícias do Céu e da Terra.

Nome terrível para os demônios
Concluímos com estas fervorosas palavras do venerável Tomás de Kempis, a respeito do glorioso nome da Mãe de Deus:
Os espíritos malignos tremem ante a Rainha dos Céus, e fogem como se corre do fogo, ao ouvir seu santo nome. Causa-lhes pavor o santo e terrível nome de Maria, que para o cristão é um extremo amável e constantemente celebrado.
Não podem os demônios comparecer nem poder por em jogo suas artimanhas onde vêem resplandecer o nome de Maria. Como trovão que ressoa no céu, assim caem derrubados ao ouvirem o nome de Santa Maria. E quanto mais amiúde se profere este nome, e mais fervorosamente se invoca, mais céleres e para mais longe escapam.

Nome a ser continuamente invocado
De outro lado, os Santos Anjos e os espíritos dos justos se alegram e se deliciam com a devoção dos fiéis, ao verem com quanto afeto e frequência celebram estes a memória de Santa Maria, cujo glorioso nome aparece em todas as igrejas do orbe, que tem especialmente consagradas a seu louvor. E é justo e digno que acima de todos os Santos seja honrada na Terra a Mãe de Deus, a quem os Anjos veneram todos a uma só voz, com sublimes cânticos.
Seja, pois, o nome de Maria venerado por todos os fiéis, sempre amado pelos devotos, vinculado aos religiosos, recomendado aos seculares, anunciado pelos pregadores, infundindo aos atribulados, invocado em toda sorte de perigos. É desejo de Deus que os homens amem a Nossa Senhora.

É desejo de Deus que os homens amem a Nossa Senhora
Devemos amar a Santíssima Virgem - escreve Santa Antônio Maria Claret - porque Deus o quer. (...) Ele próprio nos dá exemplo e nos incita a amar a Maria: O Padre Eterno A escolheu por Filha sua muito amada; o Filho Eterno A tomou por Mãe, e o Espírito Santo, por Esposa. Toda a Santíssima Trindade A coroou como Rainha e Imperatriz do Céu e da terra, e A constituiu dispensadora de todas as graças (...)
Devemos amar a Maria Santíssima porque Ela o merece, pelo cúmulo de graças que recebeu sobre a Terra, pela eminência da glória que possui no Céu, pela dignidade quase infinita de Mãe de Deus a que foi exaltada, e pelas prerrogativas inerentes a esta sublime dignidade. (...) Devemos amar a Maria Santíssima e ser seus devotos verdadeiros, porque a devoção a Ela é um meio poderosíssimo para alcançar a salvação.

Bem-aventurados os que amam a Maria
Feliz, feliz aquele que Vos ama, ó Maria, Mãe dulcíssima" - exclama Santo Afonso de Ligório. São João Berchmans, da Companhia de Jesus, costumava dizer: Se amo a Maria, estou certo da minha perseverança e de Deus obtenho tudo o que quiser. Renovava por isso sem cessar este propósito: Quero amar a Maria, quero amá-La sempre.
Oh! como esta boa Mãe excede em amor a todos os seus filhos! Amem-Na estes quanto puderem, sempre serão vencidos pelo amor que lhes consagra Maria, observa Pseudo-Inácio, mártir.
Tenham-lhe a mesma ternura de amor com que A tem amado tantos de seus servos, que já nem sabiam o que mais fazer como prova muito que Lhe bem-queriam. (...)
Nossa Senhora da Pureza-Capela do Mosteiro da Pureza - Pagani - Italia.jpg
 O nome de Maria cura os males do pecador com maior
eficácia do que a dos unguentos mais procurados; não
há doença, por desastrosa que seja, que não ceda
imediatamente à voz desse bendito nome".
Estava uma vez ao pé de uma imagem de Maria o Venerável Afonso Rodriguez, da Companhia de Jesus. Abrasado de amor para com a Santíssima Virgem, disse-lhe: Minha Mãe amabilíssima, bem sei que Vós me amais; mas Vós não me quereis tanto quanto eu Vos amo. Então, Maria, como que ofendida em seu amor, lhes respondeu: Que dizes, Afonso, que dizes? Oh! Quanto é maior o meu amor por ti do que o teu por Mim! Sabe, lhe disse, que do meu amor ao teu há mais distância do que do céu à Terra.
Tem, pois, razão São Boaventura ao exclamar: Bem-aventurados aqueles que tem a felicidade de ser fiéis servos e amantes desta Mãe amantíssima! Sim, porque esta gratíssima Rainha não admite que em amor A vençam os seus devotos servidores. Maria, imitando nisto a Nosso Senhor Jesus Cristo, com seus benefícios e favores dá a quem A ama o seu amor duplicado.

Ao amor de Mãe, deve corresponder nosso amor de filhos
Sendo assim, ao amor de Mãe que nos tem Maria, devemos corresponder com nosso amor de filhos. Pois é justo que nosso coração se mostre conquistado pelo seu. Se nós A amamos, devemos nos comprazer com sua lembrança, falar dEla com agrado e obedecê-La com diligência (...)
Devemos nos esforçar por imitá-La. A mais bela homenagem que um filho pode render à sua mãe é de lhe reproduzir os traços em sua própria conduta. Que nosso coração, portanto, seja semelhante ao de Maria. Antes de tudo, que ele seja puro como o dEla; evitemos, pois, a imundície do pecado. Que nosso coração seja bom e terno como o dEla; compassivo, acolhedor, benévolo, generoso. Portanto, que nada exista de duro em nossos pensamentos nem em nossas palavras, em relação ao nosso próximo.
Enfim, que nosso coração seja forte, como o dEla, indomável quando se trata da salvação das almas, não abandonando jamais o terreno, quando nos tenha sido confiado o regate de uma alma, trabalhando para isto com o perigo de nossa própria vida. Portanto, nada dessas timidezes que se recusam a abordar as almas, nada de covardias que recuam diante dos dificuldades.
(Clá Dias, João - Pequeno Ofício da Imaculada Conceição Comentado, Artpress, São Paulo, 1997, p. 299 à 304)

12 DE SETEMBRO FESTA DO SANTO NOME DE MARIA


FESTA DO SANTO NOME DE MARIA
12 DE SETEMBRO

Maria (hebraico: מִרְיָם, Miriam; aramaico: Maryām; árabe: مريم, Maryam; grego: Μαρία, María), também conhecida como Maria de Nazaré, Santa Maria, Mãe Maria, Virgem Maria, Nossa Senhora, Santíssima Virgem Maria, Theotokos, Maria, Mãe de Deus

O fato de que a Santíssima Virgem leve o nome da Maria é o motivo desta festividade, instituída com o propósito de que os fiéis encomendem a Deus, através da intercessão da Santa Mãe, as necessidades da igreja, agradeçam por seu onipotente amparo e seus inumeráveis benefícios, em especial os que recebem pelas graças e a mediação da Virgem Maria.
Pela primeira vez, autorizou-se a celebração desta festa em 1513, na cidade espanhola de Cuenca; daí se estendeu por toda a Espanha e em 1683, o Papa Inocêncio XI a admitiu na igreja do ocidente como uma ação de graças pelo suspensão do sítio a Viena e a derrota dos turcos pelas forças do João Sobieski, rei da Polônia.
Esta comemoração é provavelmente anterior ao ano de 1513, embora não se têm provas concretas sobre isso. Tudo o que podemos dizer é que a grande devoção ao Santo Nome de Jesus, que se deve em parte às pregações de São Bernardino de Siena, abriu naturalmente o caminho para uma comemoração similar do Santo Nome de Maria.